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Estética e Saúde

Importância da drenagem linfática manual

Por Viviane Vieira*

No passado, as lipoaspirações provocaram intensas complicações pós-operatórias dentre as quais se podem citar os hematomas, as infecções, a embolia gordurosa, a trombose e as perfurações devido ao uso do método “seco”, sem nenhuma infiltração líquida.

Apesar da evolução das técnicas cirúrgicas utilizadas, a lipoaspiração deixa muitas seqüelas na região lipoaspirada, como edema, dor, equimoses, lipodestruição, retração cicatricial, fibroses e outras. Além do tratamento medicamentoso, esses sintomas podem ser tratados com a drenagem linfática manual.

A drenagem linfática manual (DLM) é um método de mobilização da linfa que retira o acumulo de líquido de determinadas regiões corporais, resultando em melhora local da oxigenação e circulação dos tecidos, na aceleração da cicatrização, no aumento da capacidade de absorção de inchaços, hematomas e equimoses e melhora do retorno da sensibilidade.

A DLM é representada, principalmente, por duas técnicas, a de Leduc e a de Vodder. Ambas as técnicas possui três categorias de manobras: captação, reabsorção e evacuação da linfa. As manobras são realizadas com pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes.

A utilização da drenagem linfática manual é descrita em casos de edema linfáticos, fibro-edema gelóide (celulite), retenção hídrica e edemas pós-operatórios.

No pós-operatório imediato, muitos cirurgiões têm como conduta manter um enfaixamento compressivo durante pelo menos 24 horas, com a finalidade de diminuir o edema e evitar hematomas, o que inviabilizaria manobras diretas sobre a região lesada. Após 48 ou 72 horas pode-se iniciar a massagem de drenagem linfática manual clássica com movimentos rítmicos, que atua de forma eficaz na drenagem do edema (inchaço) proveniente do ato cirúrgico.

Ao constatar que nas cirurgias com incisões amplas, no caso de abdominoplastia, existe uma interrupção dos vasos linfáticos superficiais prejudicando a drenagem convencional, foi proposto uma alteração no sentido clássico da drenagem linfática manual que denominou de drenagem linfática reversa. Ela é usada para executar manobras de drenagem direcionadas apenas para vias íntegras, entretanto, o termo reversa, pode dar a falsa impressão que o fluxo da linfa pode ser invertido, o que não ocorre, pois o sistema linfático é um “sistema de mão única.”

O procedimento de pós-operatório é tão importante de ser realizado quanto à cirurgia propriamente dita, a fim de se obter os resultados esperados e evitar seqüelas comprometedoras. Hoje, sabe-se que quanto antes se fizer drenagem linfática, melhor será o resultado final e menor será a formação de fibroses (nódulos rígidos) pós-operatórias.

Colaboração de:  Mirena Afonso Rodrigues, fisioterapeuta e aluna da Pós-Graduação em Fisioterapia Dermato Funcional da UNITRI.

*Viviane Rodrigues Vieira Albino é formada em fisioterapia pela UNIT- Uberlândia- MG, 1998. Especialista em Dermato Funcional pela UNIC- Cuiabá- MT, 2000 e no método Vodder de Drenagem Linfática Manual com ênfase em pós-operatórios de cirurgias plásticas estéticas e reparadoras. Atualmente é professora na Unitri nos cursos de: Fisioterapia e Estética e ministra aulas em pós graduações e palestras em vários universidades do país. Participou da fundação do curso superior de Estética da Unitri e também trabalhou na coordenação deste curso. Supervisiona os estágios de fisioterapia Dermato funcional e estética nas áreas de: queimados, cirurgia plástica reparadora e estética, massagem relaxante e redutora para fibroedemagelóide, estrias e gorduras localizadas, manchas e cicatrizes. Participa ativamente da comunidade acadêmica em Fisioterapia e Estética, seja pela publicação de artigos em revistas e livros da área, seja pela participação em congressos e cursos nacionais e internacionais.

 

 

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