Mais de 80 produtores de banana de Uberlândia e região estão preocupados com o surgimento uma das pragas mais temidas na lavoura: a Sigatoka-negra.
Atentos às preocupações dos produtores, a Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento, representada pelo diretor de Agricultura e Pecuária, Ricardo Luis de Barros Silva, participou de uma reunião no Sindicato Rural para discutir ações preventivas e de combate a praga.
A reunião contou com representantes da Associação Regional dos Produtores de Hortigranjeiros (Assohorta), Ceasa, Emater, Associação dos Comerciantes da Ceasa de Uberlândia, técnicos do Instituto Mineiro da Agropecuária (IMA) e agrônomos da iniciativa privada.
O assunto abordado foi sobre a Instrução Normativa nº 17 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que trata da produção, trânsito e comércio de banana. Nesse caso, focando a questão da Sigatoka-negra.
O coordenador regional do IMA em Uberlândia, Luiz Carlos de Oliveira, disse que o trânsito de bananas pode ser realizado livremente, mas é preciso que a região onde os frutos foram produzidos tenha o sistema de mitigação de risco e não passe pela Central de Abastecimento de Uberlândia (Ceasa) ou então que a região de origem tem que ser considerada oficialmente como área livre da doença.
A descoberta da doença no Triângulo Mineiro ainda é considerada recente, mas a secretaria e demais órgãos como o IMA vão iniciar ações para caracterizar a região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba como área livre.
Para essa condição será necessário fazer levantamentos nas propriedades rurais, coleta de amostras de plantas e envio de documentos ao Ministério da Agricultura. A partir daí a expectativa é de que o MAPA libere a condição de “área livre” para que não haja problemas com a comercialização de bananas produzidas no município e região.
Ricardo Silva informou que cerca de 50% da fruta produzida na região vai para quase todos os estados do país. “Estamos atentos para que nossos produtores não tenham prejuízos, afinal a agricultura de bananas no município é grande e se não tivermos o controle da praga o prejuízo é certo”, disse.
Secom